Concessionárias querem ganhar mercado de contêineres

As concessionárias ferroviárias América Latina Logística (ALL) e MRS Logística traçam planos para que, aos poucos, as rodovias deixem de ser o principal caminho utilizado no transporte de contêineres entre o Porto de Santos e as áreas que o complexo atende no interior do Brasil. Com novos projetos em andamento, as companhias têm como meta aumentar a competitividade das ferrovias, ampliando as operações intermodais. rn

rnA ALL, através de sua controlada, a Brado Logística, pretende fechar o ano com uma média mensal de 1.500 contêineres movimentados. O volume equivale a cinco vezes a média mensal transportada no primeiro semestre. Em abril último, quando a empresa iniciou essas operações, apenas 300 cofres por mês seguiam para o Porto de Santos. rn

rnA previsão para o próximo ano é que sejam movimentados 3 mil contêineres por mês, do interior para o complexo santista. A meta está relacionada à aquisição de um novo tipo de vagão, o Spine Car de 80 pés de comprimento, mais conhecido como long stack. Desde outubro último, 60 vagões desse modelo foram comprados pela companhia. A intenção é encerrar o ano com 145 long stacks. Ao todo, foram investidos R$ 30 milhões. Para o segundo semestre de 2012, estão previstos mais 100 vagões. rn

rnA princípio, o plano da companhia era usar o modelo americano de vagões double stack, que leva dois contêineres empilhados. No entanto, o projeto foi descartado, pois esse tipo de vagão demandaria a reforma dos túneis e das pontes ferroviárias da Serra do Mar. rn Nos próximos cinco anos, a Brado planeja investir R$ 1 bilhão na aquisição de vagões e locomotivas e na construção de terminais no interior. rn

rnAo contrário da Brado, os vagões double stack ainda fazem parte dos planos da MRS Logística, que pretende aumentar de 3% para 30% a participação das ferrovias na movimentação de contêineres em Santos. A empresa já está com os vagões em teste. A estimativa é que eles comecem a ser usados no segundo semestre de 2012. rnOutro projeto da MRS envolve a separação das linhas usadas no transporte de cargas, da concessionária, das de passageiros, da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM, do Governo do Estado), na Região Metropolitana de São Paulo. rn

rnA aquisição de sete locomotivas fabricadas na Suíça para atuarem no Sistema Cremalheira, na Serra do Mar, também integra os planos da MRS. As máquinas devem chegar ao Brasil no segundo semestre do próximo ano e vão substituir as sete que operam atualmente na região. rn

rnA empresa fará ainda investimentos na construção de terminais na Baixada Santista. O primeiro, o Terminal Intermodal do Porto de Santos (TIPS), será instalado em Cubatão, em uma área de 300 mil metros quadrados. A expectativa é que ele entre em operação no segundo semestre de 2012. Atualmente está em fase de licenciamento ambiental. O projeto é feito em parceria com a empresa Contrail.rn

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