Indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas no Paraná têm crescimento nas vendas com bom momento do agronegócio

Dados nacionais da Fenabrave apontam aumento de 7,8% nas vendas em abril, na comparação com o mês de março; setor tem expectativa de ainda mais crescimento para os próximos meses.

Impulsionadas pelos bons resultados do agronegócio, as indústrias do setor de tratores, máquinas e equipamentos agrícolas apresentou crescimento nas vendas em 2020 e nos primeiros meses de 2021, mesmo diante da pandemia da Covid-19.

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, em abril de 2021, 4.492 máquinas e tratores foram vendidos no Brasil, um aumento de 7,8% em comparação com o mês de março desse ano.

Na comparação com abril do ano passado o aumento é de: 92%.

“O mercado vem crescendo de uma forma consistente nos últimos anos na parte agrícola. O fabricante de máquina agrícola vem acompanhando essa demanda e tendo um crescimento ao longo dos últimos anos.”, explica Eduardo Kerbauy, diretor de mercado da New Holland.

O ano de 2021 começou com o setor em alta. Nos quatro primeiros meses do ano foram negociados 15.347 máquinas no país, o que representa um aumento de 36% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o setor, o crescimento está relacionado com o momento positivo que o setor agrícola passa.

Dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, referentes a 2020, mostram que a agropecuária registrou alta de 2%. Isso se deve aos bons resultados no campo. A produção de soja, café e milho impulsionaram o PIB.

“O investimento e novo maquinário em nova tecnologia demora de três a cinco anos, então dificilmente a gente tem uma noção de como o mercado vai se comportar nos três, cinco anos, mas mesmo assim a gente acredita muito forte no potencial da economia brasileira, sobretudo no potencial agrícola”, explica Eduardo Kerbauy.

As máquinas agrícolas oferecem precisão, para que o agricultor não tenha somente a força bruta no campo, mas principalmente inteligência do plantio à colheita.

“Hoje, para o agricultor ter um desvio de 2 a 3 metros no seu plantio, inviabiliza totalmente a operação, pra você ter uma ideia os nossos tratores conseguem trabalhar com GPS, com sistema de altíssima precisão que permite uma variação não de metros, mas de centímetros. A tecnologia que a gente vê num veículo automotivo também tem nas máquinas agrícolas e numa escala muito mais apurada”, disse Kerbauy.

Em uma indústria de equipamentos agrícolas do estado, que trabalha com tecnologia alemã, o investimento otimiza o trabalho no campo. Uma plantadeira retrátil, que diminui de tamanho em um minuto para facilitar o transporte, ajuda a distribuir as sementes no campo com precisão.

“Temos enfrentado um momento muito interessante no país, onde o agricultor tem mostrado a excelência, buscado trabalhar o detalhe dentro da agricultura, então ele tá em busca cada vez mais de tecnologia, de qualidade, de plantabilidade no campo”, explica Rodrigo Duck, diretor da Horsch.

A máquina é responsável por 70% no crescimento de vendas da fábrica, que manda a tecnologia para estados como Bahia, Piaui, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e para o Paraguai. Segundo o diretor, quanto melhor estiver o setor agrícola, mais avança o desenvolvimento de máquinas para o campo.

“Temos crescido a cima da expectativa desde o início da operação aqui no Brasil, superou ainda mais o que a gente havia planejado o que a gente esperava para o mercado brasileiro esse ano. Nós já vendemos o volume programado pra esse ano. Os sinais que tem sido mostrados no campo são de que o ano seguinte serão da mesma forma”, explica Rodrigo.

Fonte: G1 (https://g1.globo.com/pr/parana/caminhos-do-campo/noticia/2021/06/27/industrias-de-maquinas-e-equipamentos-agricolas-no-parana-tem-crescimento-nas-vendas-com-bom-momento-do-agronegocio.ghtml_)

Share on social media

©2024 | AmstedMaxion Criando Caminhos | Todos os direitos reservados