Setor de máquinas e equipamentos prevê faturamento maior em 2021

A indústria de máquinas e equipamentos de Minas Gerais segue otimista e espera encerrar 2021 com crescimento sobre 2020, quando foi registrada queda de 4,1% no desempenho do setor, devido à crise provocada pela pandemia da Covid-19.

O início do ano tem sido marcado pelo aumento da demanda, porém, o setor enfrenta gargalos que podem impactar no resultado. A oferta restrita de matérias-primas tem elevado os custos, assim como a alta dos combustíveis, que vem encarecendo o frete.

De acordo com o membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Marcelo Veneroso, mesmo sem ter fechado os números referentes ao setor em Minas Gerais, o desempenho do mercado tem sido favorável.

Veneroso explica que no Brasil, com base nos dados de janeiro, nos últimos 12 meses o setor cresceu 7,9%. Na comparação de janeiro de 2021 com igual mês de 2020, a alta ficou em 38,5%. Porém, se comparado o primeiro mês do ano com dezembro, houve uma queda de 9% na receita líquida total, o que já era esperado pela concentração de pedidos no último mês do ano e pela menor movimentação tradicional de janeiro.

“Os resultados do setor, em nível nacional, têm sido positivos e Minas Gerais segue esse padrão também. Ainda não fechamos os dados de janeiro e fevereiro para o Estado, mas, estimamos que ficarão bem próximos aos do Brasil. Seguimos bem otimistas”.

Segundo Veneroso, a demanda pelos produtos do setor está maior desde o segundo semestre de 2020. A alta foi importante para os resultados do ano anterior. Logo nos primeiros meses da pandemia, a demanda pelas máquinas e equipamento foi drasticamente afetada e o setor projetava uma retração acima de 10% no setor.

Retomada – “A partir de agosto houve uma retomada muito forte e importante para o setor em Minas Gerais. Conseguimos minimizar parte dos impactos negativos da pandemia e encerramos com queda de 4,1%”, explicou.

Com a retomada rápida da economia brasileira e muitas indústrias com produção reduzida, devido à pandemia, a demanda pelas matérias-primas ficou maior, o que também foi sentido no mercado internacional.

A demanda maior e a oferta limitada causaram aumento dos custos. No caso do aço, por exemplo, a alta ficou em torno de 80% e nos componentes elétricos e de instrumentação eletrônicos a alta foi de 70% nos últimos oito meses.

Outro gargalo do setor é a falta de mão de obra qualificada, com a retomada das indústrias e a necessidade de contratações está difícil encontrar pessoas capacitadas para atuarem nas unidades.

O aumento dos combustíveis também impacta de forma negativa no setor, já que o frete é um dos principais componentes e está ficando cada vez mais oneroso.

Mesmo com os desafios a serem superados, as expectativas para 2021 são positivas. Os projetos de energia crescendo, a expectativa de projetos de infraestrutura e aprovação das reformas deixam o cenário mais favorável. O avanço da vacina contra a Covid-19 também é visto como positivo.

“Mesmo com desafios, vemos oportunidades interessante nos mercados de energia e de inovação, que estão nos exigindo e demandando muito e nosso setor está bem antenado às oportunidades. Também esperamos pelas reformas”, avaliou Veneroso.

Fonte: Diário do Comércio (https://diariodocomercio.com.br/economia/setor-de-maquinas-e-equipamentos-preve-faturamento-maior-em-2021)

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